Mito: Comer só um bocadinho não faz mal!

Mito: Comer só um bocadinho não faz mal!

Facto: Para alguém com alergia alimentar, até o mais pequeno vestígio do alergénio pode desencadear uma reação severa. O alergénio em questão deve ser removido completamente da dieta para que a pessoa se mantenha em segurança.

Evitar o contacto de alimentos seguros com alimentos/ utensílios/ recipientes/ superfícies que contenham o alergénio é tão importante como evitar o próprio alergénio. Quando ocorre esse contacto os alimentos ficam contaminados com o alergénio, mesmo que não seja visível a olho nu e que sejam apenas quantidades vestigiais, os alimentos que eram seguros passaram a ser perigosos para o alérgico.(1)

É importante perceber que as dietas restritivas devidas a alergias, intolerâncias alimentares ou doença celíaca, não são como uma vulgar dieta em que se cometem pequenos “pecados” de vez em quando e se usa a desculpa de “só um bocadinho não faz mal” ou “é só desta vez”.

Na alergia alimentar uma falha na dieta pode condicionar um risco de saúde imediato e só um bocadinho pode ser fatal.(2)

Nas intolerâncias alimentares o nível de tolerância pode variar de pessoa para pessoa, e embora as reações não sejam tão imediatas, a acumulação de pequenos bocadinhos ao longo do tempo podem provocar danos no organismo com consequências graves.

No caso da doença celíaca, por exemplo, mesmo só um bocadinho de glúten pode causar danos no intestino delgado, que conduzem à diminuição da absorção de nutrientes e aumento do risco de morbilidade e malignidade associados à doença.(3)

Na Fidu temos implementados procedimentos de controlo e prevenção rigorosos que nos permitem produzir alimentos seguros isentos de vestígios dos 14 principais alergénios, para que todos, incluindo alérgicos e intolerantes, possam consumir em segurança.


(1) FARE (Food Allergy Research & Education). Food Allergy Myths and Misconceptions. Em: https://www.foodallergy.org/
(2) Grupo de Interesse de Alergia a Alimentos da SPAIC, 2017. Alergia Alimentar: conceitos, conselhos e precauções. (C. Costa, S. Prates, & I. Carrapatoso, Eds.) (1a Edição). Thermo Fisher.
(3) APN, 2014. Alimentação na Doença Celíaca, Coleção de E-books APN, vol. 34. Porto: Associação Portuguesa dos Nutricionistas.
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